Aonde estás que ora não te vejo,
Gentil figura de sonhos tão meus
Aonde andas, pois só entrevejo,
Espaços tão vazios sem os ares teus.E pois sentado sob o céu sereno,
Em devaneios a sismar ao léu,
Imaginando teu corpinho ameno,
Aqui sentado bem juntinho ao meu.

Na leve brisa que o ar refresca,
E teus cabelos lindos faz bailar,
Formando ondas onde rodopiam,
Os meus sentidos a se embriagar.

Nesta voragem inebriante,
De sonhos, de quimeras, eu ardente,
Calcinado de amor, febricitante,
Tua presença busco inutilmente.

Ah, doce amada, estrela flamejante,
Aos teus pés se ajoelha suplicante,
Alguém que por amor quase morreu.

Teu coração de santa tem bondade,
Por certo me trará felicidade,
Pela migalha d’um carinho teu.

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